domingo, 25 de julho de 2010

Ícone - Mercedes Benz CLK GTR

25 Unidades. Este é o número total de CLK GTR(s) legais para a condução em estrada produzidos pela Mercedes Benz. Mas adianto-me desnecessariamente; em primeiro lugar, o que é e como surgiu o CLK GTR?
Em 1994, a FIA decidiu criar uma nova categoria para o seu campeonato internacional de GT, o que levou ao nascimento da classe GT1, uma alegria para os espectadores do campeonato anteriormente mencionado, já que esta era uma classe com muito poucas restrições. No entanto, uma destas poucas restrições é a razão pela qual hoje existe o alvo deste artigo, já que uma das regras estabelecia que para um carro ser homologado para competição, teria de ser criada pelo menos uma unidade legal para circular. A Mercedes decidiu juntar-se a marcas como a Porsche (com o seu GT1) e a McLaren (com o seu F1 LM) e criar o seu próprio automóvel para a GT1. Então, depois de 128 passados em desenvolvimento e construção, a construtora alemã deslumbrou o público com o seu CLK GTR que, ironicamente, pouco se parece com o CLK sobre o qual deve estar agora a pensar, pois o estilo deste automóvel de competição era como se o anterior tivesse sido “esmagado” por algum volume extremamente grande e pesado. (Como já deve ter reparado, brinco.)
Equipado com um motor V12 de 6.9L alterado pela AMG, o CLK GTR dominava com mais de 600 cavalos de potência associados a um peso extremamente reduzido graças à estrutura monocoque em carbono. Rapidamente estas características valeram ao automóvel um reputação de excelência na pista de corridas e não era para menos: nas 22 corridas em que participou, tomou 17 vitórias, impressionante sem dúvida, apenas Le Mans lhe escapou (Já na sua forma CLR protótipo - uma evolução do CLK GTR - foi protagonista de um dos mais famosos acidentes em Le Mans quando o piloto Peter Dumbreck levantou voo com o seu CLR e aterrou fora da pista).
Apesar de tudo, o CLK GTR sempre foi popular e as já anteriormente mencionadas 25 unidades produzidas para venda alcançaram um preço astronómico, 1.573 milhões de dólares (mais de 1 milhão de euros…) em 1998. A Mercedes foi obrigada a produzir e entregar os veículos, mesmo depois da classe GT1 ter sido extinta em 1999; As instalações da AMG em Affalterbach foram o local seleccionado para a produção do CLK GTR entre o Inverno de 1998 e o Verão de 1999. Actualmente o CLK GTR é extremamente popular por entre os grandes magnatas do médio oriente cujos lucros da indústria petrolífera permitem explorar à vontade as hostes de todos os grandes fabricantes, (coleccionando muitas das vezes às dezenas) os melhores automóveis do mundo.
Para os que ainda não consideravam o CLK GTR como exótico o suficiente, uma companhia denominada HWA GmbH decidiu que seria uma boa ideia arrancar o tejadilho ao CLK GTR e criar uma versão descapotável desta “loucura” estilística. Nascia o CLK GTR Roadster, uma série limitada de 5 automóveis que contaram ainda com um aumento de potência em relação ao original (650 cavalos).
Após tudo isto colocou-se sem dúvida a questão: “O que fazer a seguir?” Creio que até hoje essa questão continua em aberto pois as condições que levaram à criação desta obra prima da construtora alemã foram sem dúvida únicas e mesmo na actualidade nada se compara a este automóvel e é difícil (se não impossível) prever se alguma coisa irá algum dia chegar novamente a este patamar de evolução.

Fontes consultadas e imagens utilizadas:
http://www.rsportscars.com/mercedes-benz/1998-mercedes-benz-clk-gtr/

http://www.conceptcarz.com/vehicle/z957/Mercedes-Benz-CLK-GTR.aspx

http://www.fast-autos.net/vehicles/Mercedes-Benz/2002/CLK-GTR_Roadster/
http://www.ultimatecarpage.com/car/365/Mercedes-Benz-CLK-GTR.html
http://wikicars.org/en/Mercedes-Benz_CLK-GTR



(Imagens)
http://www.netcarshow.com/mercedes-benz/1999-clk_gtr/


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